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HG – Não, acho que é o contrário. Pô, os caras me enchiam o saco porque a gente tinha música que falava sobre amor. Era inacreditável. E um tempo depois, mesmo as bandas que falavam da gente começaram a escrever balada. E hoje, tu vê as fotos dos caras, os caras com a maior cara de mal, com umas guitarras torcidas, e as letras, se tu ouvir, são letras românticas. Acho que tudo hoje está resumido ao discurso interpessoal, de “você”, “você”, “você”. Tu não vê nas bandas – claro que não generalizando, generalizar é sempre uma burrice – outra coisa. Hoje em dia o relacionamento interpessoal está massificado. E por outro lado é meio sem profundidade. Tem muito pouco discurso ambíguo. Ao mesmo tempo, eu vejo que hoje em dia a vida das pessoas é mais ambígua, tu vê pessoas mais diferentes, mas a música está meio monolítica.
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